no ninho dos sonhos
o luxo do silêncio
dos ovos que gestam
as aves do
pensamento;
e seu coração puro
emergindo no escuro
da água que
esguicha
a vida na plenitude
dos canteiros da
esperança
e a palavra brotada
do ovo e da semente
não encontra solo
fértil
naquele coração que
a mente
bloqueada pela dor
do inconsciente
pré-conceito
emudece sem razão.
Você apenas assiste
os pintassilgos e
canários
os figos e caquis
voarem para outros
ares
enfeitarem outras
mesas
e a comunhão é cortada
no silêncio do
preconceito
pelo sonho que não
encontrou eco
naquele coração
marcado.
Mas o sonho é uma
girafa de pescoço longo:
ele sempre consegue
enxergar –
mesmo que ao longe
–
outras cabeças e
outros corações
que estão
preparados para receber
a fecundação
gloriosa
da poesia, do sonho
e da esperança.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
08 de Junho de 2014
(19h25min).
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