O
que eu posso lhe dizer
é
que a poesia acaba onde começa o rancor,
onde
finda o pensamento e vigora o palavrão,
onde
a ordem do xingamento já encontrou o seu chão.
A
poesia é frêmito que precisa se expressar,
tem
sol, brilho e cor e tem raio de luar,
tem
filho, mãe, criança e um fio de esperança
tem
palavra em profusão...
Poesia
é verve de vida e pepita do coração.
Sei
que a morte trabalha constante
pra
matar relacionamentos e acabar com a expressão;
impedir
os sentimentos e extinguir a comunhão.
Sei
que a morte é uma espada que atravessa a poesia
e
a morte do idioma – não expressar, nada dizer –
é
outra forma de aniquilamento que propõe outro sofrer.
A
poesia começa onde inicia o amor
gira
forte pela cabeça e renasce como a flor
a
poesia transpassa a folha de papel branco
inscreve
na cultura de um povo: sua luta, seu sonho, ideal
desentranha
valores sagrados de alcance universal.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
17 de Maio de 2014
(15h30min).
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