Na
Grécia – onde nunca estive
(e
não sei se estarei)
exceto
pelo sábios
que
me fizeram visitá-la,
que
a descortinaram ante meus pensares –
Platão
apresentou-me o mito da caverna,
o
fio de luz de realidades
até
então desconhecidas...
Recordo-me
que ainda não tinha
completado
meus quinze anos
quando
o real tomou de assalto
o
lugar dos sonhos eclipsados.
E
eu, relutante, tinha dúvidas
sobre
o ficar no mundo
dos
pés no chão ou seguir voando.
O
pensamento,
o
gosto travado na boca obtusa,
o
sol de meio dia:
no
transatlântico obeso
nas
águas turvas
no
leme desgastado
de
tanto navegar sem ter onde ir.
Tudo
estava cheio de uma meiguice majestática...
Palavras
longas carregavam emoções
e
o píer-ponte, entre o mar e as pedras,
chacoalhava
as ideias cor de jambo
de
uma vida abrupta e feliz
quando
finalmente decidi escalar
o
paredão escarpado e
me
envolver com o mundo lá de fora
das
outrora sombras do viver
sem
medo do mar encapelado...
Josué Ebenézer – Niterói,
16 de Maio de 2014
(21h55min).
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