Para
alguns, ser poeta pode significar
vestir
realidade com máscara de sonho
e
até mesmo vestir gente
com
roupagem de bicho
ou
descobrir um nicho
(qualquer)
à
semelhança do farsante Maomé
– que
inventou um paraíso em algum lugar
provocando
um inferno por aqui mesmo –
onde
a veia aorta da inspiração
fizesse
correr poesia como líquido precioso...
Mas,
tal vida não haveria de entornar
uma
gota sequer da preciosidade,
pois
o que goteja dos favos,
o
que corre nas veias,
o
que jorra das fontes,
(o
mel, o sangue, a água)
não
verte vida em nada
vida opaca
pouca vida
vida parca.
Nada
deságua.
E
entope, interrompe, encalha
enquanto
o amor não rompe
os
interditos do amanhecer
e
em nossa vida irrompe
em
doces alegrias do viver...
Então
a poesia é um glorioso momento
um
jorrar da seiva-alimento
que
o poeta divide com os corações
que
são capazes de dançar na chuva fina do verão da vida.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
01 de Junho de 2014
(19h10min).
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