Era
uma noite de estrelas que assistia o trem
passando
ligeiro nos trilhos da minha vida.
Sentado,
só
um pensamento rompia o silêncio da alma.
(O
trem soltava faíscas nos trilhos.)
Que
noite aquela de menino sonhador,
Maria-Fumaça!
Vontade
de pular dentro do vagão de carga
e
sumir na cidade grande, depois da escuridão.
Era
uma noite de estrelas
dentre
tantas que beiravam a linha férrea...
Vontade
incontrolável de ganhar o mundo...
O
apito do trem anunciava a proximidade da estação...
Recolhi
meu pensamento ao lembrar de mãe:
ela
me procuraria em minha cama na manhã seguinte.
O
trem foi embora mais uma vez.
O
trem foi embora para sempre.
Eu
nunca parti.
Fiquei
até o fim dos dias da minha mãe.
Ficarei,
também, até os meus...
Josué Ebenézer –
Nova Friburgo,
04/02/2018 (06h10min).
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