Um galo canta e quebra o
silêncio;
outro responde e a
madrugada espanta.
É de ouro o silêncio
quando não se tem o que falar!
O relógio tiquetaqueia
insistente, dando tapas no meu pescoço.
Quem pode ouvir a alma, se
o relógio é tagarela?
E – como é boa a madrugada amiga;
tenho fome e sede de suas
inspirações...
Quero alcançar com as mãos
o poema da madrugada.
Antes, quero alcançar o
sonho que vagueia por aí...
Ouro da poesia que vem do
silêncio,
musa que passeia livre nos
encantos da madrugada!
Brilho! Brilho de
palavras:
que lustram do dia seu
alvorecer!
São seres, coisas, emoções
o que retenho.
Mais que galos, relógios e
amores da madrugada:
a poesia tem o sortilégio
de flutuar sobre tudo e em tudo...
Josué
Ebenézer – Nova Friburgo,
27/01/2018 (05h54min).
Nenhum comentário:
Postar um comentário