E nesta hora em que o
silêncio anuncia a noite
e o que se ouve neste
recanto são os sons da Natureza
a poesia encosta no meu
ombro e faz carícias na alma
e um leve sussurrar de
palavras, cochicha esperanças no meu coração.
A vida é simples e boa,
quando pelas janelas da alma se enxerga o futuro.
A noite urbana é povoada
de luzes;
aqui do meu recanto vejo
ao longe,
os vaga-lumes
tecnológicos.
(O teu sorriso, poesia,
ilumina minha noite rural.)
Quem é que pode conceber
uma vida sem ti?
Se é possível a perfeição
nesta vida,
ela estará bem próxima de
ti, Poesia.
Aqui no meu recanto, tudo
é harmonia e canção.
Canta o riacho que corre
dia e noite sobre seixos ovais.
Canta a noite com sua
orquestra divina.
Cantam as árvores com suas
sibilações ao vento.
Cantam os pássaros no
anoitecer e na alvorada.
Aqui no meu recanto, sinto
uma paz que não sinto além.
Além do canto, tem perfume
e tem flores;
tem a poesia dos pássaros
voando;
tem da roça e do pomar,
novos sabores;
tem alegria no olhar e
seus frescores;
onde cantam bem-te-vis e
azulões;
onde reina o gavião e tem
coleirinhos;
onde minha alma voa com a
passarada
para o infinito céu azul
de anil do meu lugar.
Aqui no meu recanto, a
comunhão é uma escolha.
As pessoas daqui são mais
serenas
e as crianças são livres
pra viver;
onde se busca viver de
forma plena;
onde se abraça o sonho e
não larga mais.
No meu recanto eu vivo a
inspiração da vida.
E a lua lá do céu brilha
soberana na escuridão
e escuta solene esta minha
oração.
Josué
Ebenézer – Nova Friburgo,
24/01/2018 (17h48min).
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