A flauta doce rivaliza com
o piano,
geme sua canção tirando do
espírito
o sentimento que o menino
traz na alma.
O pianista reeduca suas
mãos
para fazer sobressair o
choro da flauta doce.
Quando a flauta se sente
protagonista,
o menino parece flutuar,
e percebe-se a presença de
um doce espírito.
E as mãos seguram a flauta
junto à boca
e o menino balança-se em
revoluteios
leves como a brisa;
parecendo as ondas do mar
em suas curvaturas
harmônicas.
Lembra o céu, lembra o
mar!
Há mistérios na canção
que só o coração que busca
pode sentir;
flauta doce aos ouvidos
de corações amargurados
pela vida;
sons apaziguantes
cheios de uma divina
melodia:
há uma canção de paz em
teus gemidos,
há uma oração de gratidão
em meus sentidos.
Josué
Ebenézer – Rio das Ostras,
10/02/2018 (06h14min).
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