Noite
de igreja do interior, balbúrdia infante,
o
templo antigo iluminado e sorridente,
os
bancos limpos convidando todos a entrar
e
as janelas escancarando possibilidades ao infinito...
Noite
clara – os céus de estrelas tomado
o
pio da coruja no mourão alto da cerca
e
o coaxar dos sapos no brejo
dando
ritmo aos passos dos que chegam.
Cantam
as meninas no pátio,
num
ensaio de última hora da apresentação.
Conversam
juniores ridentes,
enquanto
chutam bolinhas de papel.
Há
homens sérios de terno e gravata
fazendo
saudações pomposas.
Casais,
com suas crianças,
saem
de dentro de uns poucos carros.
Alguns
rapazes sisudos
descem
de sua montaria impecável.
Um
alto-falante toca Feliciano Amaral.
Quanto
jasmim perfuma o pasto e ao longe
– em meio ao capim limão –
copos
de leite sobressaem na noite
fazendo
a dança do vento...
O
dirigente chega e à sua passagem
os
mais velhos consultam relógios
e
somam-se aos que já estão
dentro
do templo iluminado.
Parece
que a noite está inspiradora
como
os cultos festivos de Natal.
Meu
coração se incendeia de luz
e
minha voz quer louvar na liberdade do campo...
A
Igreja louva em fervente adoração
e
o templo já poderosamente iluminado
é
fogo puro nos cinco sentidos do corpo humano
maximizados
no Corpo de Cristo ali presente.
Noite
de Igreja do interior, recordação;
minha
infância vem à tona neste dia de sonho.
Como
numa visão dos céus minha alma repousa.
Eu
vi a luz de Cristo brilhar no mundo!
Josué Ebenézer –
Nova Friburgo,
02/02/2018
(05h52min).
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