Anotei num
caderno
um
pensamento notívago.
Divaguei
para encontrar um autor.
Será meu?
Ou ele ou
eu;
dizia o
poema
que dele se
originou.
A passarada
desperta
aos
primeiros clarões do dia.
O galo canta
no terreiro ao lado
e, em resposta,
o trotar
do cavalo na
rua de paralelepípedos
anuncia que
o João
está indo
buscar pão.
Galos
respondem ao galo
que originou
o primeiro canto matinal.
Pensei no
pensamento anotado no papel,
pensei de
onde me viera tal ideia,
pensei em
como a poesia imita a vida
e o
imaginário está tão próximo do real.
Encontrei
alguns elos.
O principal
deles,
o elo
dourado do sol
que desponta
feliz na manhã.
É feliz o
homem que sabe sonhar.
É feliz quem
faz da poesia
sua catarse
mental,
sua
interpretação da natureza.
Se não há
nada novo debaixo do sol,
como disse o
sábio,
vou subir
nas palavras e fazer poesia,
me elevar
até as nuvens
e viajar no
tapete mágico das palavras;
vou transpor
os umbrais da atmosfera
e entrar na
esfera dos sonhos
para viver o
novo poético
à cada manhã
de esperança
por detrás
das montanhas verdes.
Josué
Ebenézer – Nova
Friburgo,
12/01/2017 (05h00min).
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