terça-feira, janeiro 17, 2017

VERSOS SERRANOS – VII

A noite esconde as árvores
e as montanhas.
A noite silencia os pássaros.
Só os cães ladram
anunciando que humanos
estão acordados.
Noites furtivas da serra
como palavras
que escondem signos
por entre os seus fonemas.
Noites não capturam
o sentido,
a dor,
a cor da saudade
e a vaidade da vida.
A noite é boa
companheira para a poesia.
Mas, há insetos noturnos
que insistem em
musicar as palavras.
Noites são como
águas corredeiras
em leitos de rios cheios.
Só que não dá para pescar
sem a isca da Lírica
que cavalga as palavras poéticas...

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
11/01/2017 (22h42min).

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