Aprendi a
fazer poemas sobre a serra
sentindo o
vento no rosto
e o baloiçar
das folhas nas árvores
quando
começo a escrever
as palavras
se aproximam
e se dão as
mãos
a natureza é
tão unida
quanto o
idioma
esta última
flor do Cão Sentado
eles se
reinventam
ao sabor dos
tempos
combatendo a
degradação
aprendi a
fazer poemas
sentindo o
cheiro da graviola
aberta ao
meio e revelada
sentindo o
cheiro da terra
encharcada
de sonhos
após chuva
de verão
sentindo as
palavras cobertas
das caldas
de sorvetes
dessas
frutas suaves da estação.
Josué
Ebenézer – Nova
Friburgo,
11/01/2017 (06h35min).
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