quarta-feira, janeiro 11, 2017

VERSOS PRAIANOS - VI

Agora que o sol baixou seu ímpeto
já passou o medo e já chegou
o vento que gira os cabelos
e refaz o instantâneo da câmera.

Como peixes em cardumes felizes
(sem suspeição sobre o derredor)
os humanos, aos bandos, também
se amontoam sobre as areias vivas.

O poema é uma embarcação à deriva
até que encontra um leitor voraz
e o poema se refaz nas águas do coração:

esse mar que esconde mistérios
até que deitamos fora os náufragos;
aqueles que não deram todas as braçadas...

Josué Ebenézer Monte Alto (Arraial do Cabo),
06/01/2017 (18h21min).

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