Para tentar
escrever um verso simples
– o começo de algo que ainda não sei em
que vai dar –
conto sempre
com as mesmas palavras
como pão,
café, manhã, oração e sonho.
As palavras
são barquinhos de papel que faço
e com eles
brinco no lago do castelo feito na areia
até que a
água, a areia, o vento e o sol
os desmanchem
e transportem à dimensão do indizível.
Aí, quando
perco a materialidade
do castelo
que se desmoronou ao vento
meu castelo
interior continua de pé.
É que a
coluna que sustenta a vida
é tão
imaterial quanto os sonhos de momento:
é a
conjunção de forças e certezas que chamamos fé!
Josué Ebenézer – Rio das
Ostras,
07/01/2017 (07h46min).
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