Sobe
o Gólgota, o Messias, tendo por fundo
a
cidade. Jerusalém é testemunha ocular
de
centenas de anos da História da promessa.
Os
romanos que infestam o espaço urbano:
soldados,
centuriões e comerciantes
não
entendem os acontecimentos daqueles dias...
Adão,
Abel, Enoque assistem no tempo
a
inserção do segundo Adão na História.
A
memória do passado invade o Cronos.
Noé
entende o Dilúvio no sangue da Cruz
e,
nos céus, Deus assiste seu Filho Jesus
doar-se,
por inteiro, para a humanidade.
Se
o galo a cantar marcou de Pedro a negação
– e
por trinta moedas Judas se fez traidor –
no
Getsêmane os discípulos sequer puderam orar.
Abraão,
Isaque e Jacó se fizeram pais de nação
porque
José foi fiel e no Egito deu prova de amor
um
povo foi gerado, também a matriz de salvar.
Moisés
faz a travessia do Mar Vermelho
e
compreende os quarenta anos de deserto
na
via crucis que o Filho de Deus suportou.
E
a História mostrou seus heróis, qual espelho
para
que cada ser a seu tempo desperto
pudesse
entender o quanto Deus nos amou.
Josué,
que com trombetas derruba a muralha de Jericó
contempla
na mesma cidade o cego clamar: Filho de Davi
tem
misericórdia de mim. E Jesus cura e liberta!
Porque
assim como, no passado, das gentes Deus teve dó
aos
povos de todas as eras, do ontem e hoje, dali e daqui
o
sono do pecado Cristo anula e o ser desperta.
E,
Jesus sendo erguido no madeiro após tantos milagres,
depois
de ter deixado o exemplo e palavras de amor
clama
em alta voz do alto da cruz: Está consumado!
E
reis e profetas e sacerdotes e um povo enfileirado
sem
compreender do Cristo pregado na cruz sua dor
vê
realizado o sonho da nova vida e novos andares.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
04 de Fevereiro de
2015 (07h35min).
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