Tem-se
no teto um manto tenebroso
horroroso,
o dia nem é feto
abjeto
– assombra, o breu malcheiroso
emerge
da escuridão um sopro quente
um
hálito, um bocejar do firmamento
e,
no momento, tormento, o corpo sente
emerge
do sopro quente um grito
um
apito desenroscado na noite
agito,
açoite, atropelo, atrito
tem-se
no sopro quente uma chance
apenas
um relance, soporífero
dormir,
esquecer, perdoar, alcance.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
20 de Janeiro de
2015 (18h32min).
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