Três
cruzes de madeira
rústicas
como a morte:
uma
alta, como os céus
outra
tosca, como o pecado
outra
inquieta, como a chance
que
a quase morte
ainda
lhe dá em vida.
Três
cruzes punitivas
três
corpos marcados
três
sonhos domados
prestes
a fenecer.
Cruzes
romanas,
de
onde nascem perguntas
pulsantes,
humanas:
quem
são os que morrem?
e
por quê tal sorte?
de
no Monte Calvário
terem
pena de morte?
Três
cruzes
erguidas
caprichosamente
sombrias,
doridas
no
alto do monte
ali
erigidas
para
tal como a fonte
jorrarem
sempiternamente
suas
mensagens:
há
uma cruz infiel
que
não reconhece seu erro
e
zomba de Jesus.
Há
uma cruz arrependida
que
não quer o desterro
porque
enxergou a Luz.
Mas,
isso se dá
porque
há uma cruz superior
é
a cruz curadora
onde
o Filho de Deus
entregou-se
por nós.
Três
cruzes!
Madeiro
sangrento, madeiro
da
morte, madeiro do Fim.
Madeiro
que prega!
Três
cruzes de punição
mas
só na do meio há Ressurreição.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
21 de Janeiro de
2015 (08h41min).
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