Os
bares te escondem
nos
balcões de dores sentidas
e
das mesas dos restaurantes
some
a fome de poesias.
Os
guardanapos contrastam
letras
de poemas azuis
que
sujam o branco encardido,
mas
limpam a alma da dor de cotovelo
e
dos sopapos da existência.
Eu
te procuro nas ruas
onde
teu terno negro se desintegra
no
breu da noite raivosa.
Em
princípio és ainda sombra
mas,
aos poucos, vais tornando-te
em
exilado da escuridão.
E,
porque amas a poesia,
não
te manténs nunca na via principal.
Pegas
os atalhos da madrugada
onde
tua alma enamorada
faz
da lua uma aliada
e
some no original.
Enquanto
é fértil teu sonho
nas
estradas de chão batido
(suadas
do orvalho da noite)
deixas
as marcas do açoite
que
clamas não querer mais.
Mas,
o poeta tamanho
que
se mostra em teu peito
se
apresenta de qualquer jeito
em
seu andar Vulcabrás.
Nas
estradas de terra da vida
a
sola de teu sapato fica;
assim
marca cada coração
o
teu poema, irmão!
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
19 de Janeiro de
2015 (12h23min).
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