Reflito
com meus botões: a mente
que
pensa poemas
está
fértil. Os pés deixaram o
gramado
verde, aposentaram as
chuteiras
e estão andando sobre
nuvens
nas manhãs simbólicas
do
Outono. Não há preguiça mais
medíocre
que a de pensar.
Assim
como planejo o cuidado
do
vir a ser, transito palavras
nas
vias do coração.
E
elas levam, laboriosas,
meu
sentimento ao mundo.
A
mente que pensa poemas
não
mente: as horas passam,
vão-se
os dias,
mas
a escrita que se semeia d’alma
colhe-se
calma
no
porvir.
A
mente-poema alerta:
–
Não tema!
As
horas passam e, um dia,
o
relógio trava:
quebra-se
em cacos,
no
éter sem gravidade da vida.
Não
há mais giros no ponteiro.
Mas,
os poemas ficam:
escritos
em papéis soltos;
inscritos
alhures nos corações presos
por
suas palavras místicas...
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
08 de Maio de 2014
(18h).
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