Língua
do meu chegar ao mundo,
pátria
do meu viver profundo,
passarela
de cada sonho meu:
és
o idioma que veste meu falar...
Língua
que me convence a cada dia
que
é possível a paz entre os homens
e
necessário entre as gentes, harmonia
pra
alcançar uma paz não só de nomes.
Língua
que me absorve, me personaliza
que
me faz transitar por toda cidade.
Língua
que a vida em mim suaviza
e
em meio à turba me dá identidade.
Língua
que é poema, língua que é canção,
que
caminha comigo como ave sonora.
Língua
que do sentimento é expressão
e
do fundo d’alma, passagem implora.
És
força, ímpeto e fé quando língua-açoite
e
és desafiada ante o mal não se calar.
Do
homem destruído, tu afastas a noite
quando
teu discurso faz o dia clarear.
Mas
és língua-bandeira, a tremular branca
já
que a paz é tua missão espargindo luz
és
bandeira de paz que a vida abranda
e
um vívido diálogo que a fé conduz.
Amo-te
língua, idioma do meu nascer
que
deu nome ao que meus olhos viram,
e
nomeou emoções que as dermes sentiram
desvelando
sentimentos, no imo a florescer.
Amo-te
língua-mãe, língua-ama, língua-aio
que
me fez sílaba, palavra, verso e frase
e
me fez mensagem e me deu sentido
e
assim vou caminhando, a mudar de fase
tornando-me
um poema de Deus renascido!
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
08 de Maio de 2014
(07h07min).
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