Era
uma vez uma representação de Páscoa evangélica
feita
por artistas que desempenhavam papéis de crentes,
como
se os crentes tivessem um dia sido artistas.
Um
artista gordo disse: serei um crente
que
interpreta Herodes e vou tentar absolver Jesus
já
que Pilatos lavou as mãos.
Um
artista jovem, 33 anos de idade, resolveu de
ser
um crente que representava Jesus
e
todo o sacrifício da via crucis.
Tinha
também umas mulheres artistas, as Marias;
e
havia os figurantes em grande número, o populacho.
Mas,
um artista consagrado – que era de fato crente
e
não se apresentara para nenhum papel – assistindo
de
longe os ensaios de ser crente, interveio:
-
Que tal de a gente ser apenas crentes?
E
assim o palco da Igreja foi se esvaziando,
com
uma turma saindo porta a fora
do
templo – meio que de cabeça baixa –
e
outra, em menor número, nos bancos, a clamar:
somente
crentes, somente crentes...
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
04 de Maio de 2014
(09h55min).
Nenhum comentário:
Postar um comentário