Com
os pés no chão
eu
sinto o tremor que vem do solo;
ouço
os barulhos ancestrais
da
vida que brota do ventre da mãe Terra;
escuto
passos que aproximam esperanças;
desvelo
batidas de coração
como
se foram tambores da alma.
Com
os pés no chão
eu
sinto o vibrar da existência;
compreendo-me
ligado a um
projeto
maior chamado Amor de Deus;
conscientizo-me
do meu papel
como
parte integrante de uma Natureza que chora
e
geme aguardando sua redenção.
Com
os pés no chão
eu
sinto o molhado das lágrimas do mundo;
redescubro-me
alvo desse amor profundo,
que
Deus, em Cristo, a mim destinou.
É
com a derme ao solo
que
não me sinto solitário.
A
planta dos meus pés me ligam à Eternidade.
Com
os pés no chão
desnudo-me
por completo;
comungo
junto com as entranhas da Terra,
da
perfeição do Eterno Deus.
E
como o Cristo doador –
que
ao vir ao Cosmos se fez humilde –
declaro
que é possível a irmandade;
viver
em paz, comunhão, fraternidade;
num
rito especial que exalça a integração.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
10 de Maio de 2014
(10h30min).
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