Quanto
dói
a
partida de alguém,
a
dor da despedida,
a
flecha da separação,
a
seta da morte que
atinge
o alvo sem dó nem pena
sem
atrasos ou adiamentos
na
hora indigesta
no
momento rude
em
que os corações feridos,
lacrimejantes,
vertem
abundantes pesares...
Quanto
maiores os amores
mais
amplos os temores
e
a gente manifesta o pesar
deixando
que a emoção suplante
–
e até desbanque – do imo
qualquer
sombra de razão.
Nesta
hora,
em
que aquele que foi descansa
e
os que ficam pendem na balança
do
alívio e do sofrer
é
o Espírito que se avizinha
e
em nosso coração se aninha
para
a paz a alma ofertar.
E
cada um de nós com mãos estendidas
recebe
com gratidão
o
conforto dessas despedidas
que
começam em nossa urbanidade
e
acenam um reencontro
para
além, muito além, na eternidade.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
25 de Março de 2014
(14h05min).
Nenhum comentário:
Postar um comentário