Em
abril o Prado se volta
para
o sepulcro de Jerusalém.
A
cantoria preenche o templo
de
cânticos pascoais, como os pássaros
nos
galhos das árvores matinais...
Os
crentes fervorosos, que no templo se ajuntam,
buscam
o refúgio da esperança
e
compõem canções (ao amoroso Cristo)
coadjuvados
pelas palavras
dos
sermões da Ressurreição.
Não
se questiona. É o tempo do refrigério,
que
se apoia na certeza do túmulo vazio
e
que insiste em galopar o ar
com
as notas harmônicas
do
coração sangrando a cruz,
do
sentimento volvendo ao Calvário,
da
humilhação levando a dor
e
do terceiro dia da Ressurreição.
As
mulheres conversam com anjos,
derramam
lágrimas,
apropriam-se
do alívio
e
vão dar uma espiada na tumba vazia:
–
Vivo está!
Josué Ebenézer –
Nova Friburgo,
15 de Abril de 2014
(19h48min).
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