O barro é esturricado,
asseado,
e traz o brilho dos
cuidados maternos...
Solitária.
No interior da estrebaria,
rejuvenesce
quando o lugar se reveste
de inconfundível luz.
Embevecida, abriga o
menino Jesus.
Palavra bonita para o feio
cocho
em que animais se alimentaram
sôfregos.
Acolhimento.
A velha manjedoura é um
coração que bate,
ao ritmo descompassado do
desejo.
Palavra que reinventa o
berço humilde
e há um gesto de compaixão
nas palhas e panos.
Há uma prece de confissão
no acolhimento humilde.
Cada coração de fé é uma
manjedoura
em que o menino Jesus
precisa deitar
para crescer na sua missão
de fazer andar nos lugares
altos de Deus
os homens de boa vontade.
A velha manjedoura nos faz
lembrar
que somos barro nas mãos
do oleiro...
Josué
Ebenézer – Nova Friburgo,
21/12/2017 (05h18min).
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