Sonhadores das montanhas
Que cultivam uns pomares.
Vós plantais das entranhas
Esperanças pelos ares.
Cada muda que aqui vinga
Dos sonhos, vosso cultivo.
A alma de fé respinga
E rega a terra e dá viço.
Sonhem velhos, sonhem
moços
Cada qual tem seu sonhar.
Só colhem frutos viçosos
Os que cuidam do pomar.
Só saboreia a colheita
Dos frutos amadurados.
Se o sonho sem suspeita
Faz deles seus amados.
Mas se bate vento forte
E da tempestade o açoite.
Livra a lavoura da morte
Quem livra a alma da
noite.
Colher não é nada fácil
Antes se planta esperança.
O adubo faz a terra dócil
E logo frutos se alcança.
Sois o alimento do mundo
Sonhadores das montanhas.
Com vosso sentido profundo
As colheitas são tamanhas.
Josué
Ebenézer – Nova Friburgo,
20/12/2017 (06h10min).
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