Noite.
A igreja, na escuridão,
parecia mergulhada
nas brumas de uma garoa
silenciosa...
Os céus se vestem de
nuvens corredias
e espreitam os crentes.
Postes estáticos enfileirados
na rua
são apenas suportes de
lâmpadas mortas.
Parece que o breu se faz
pastoso e denso.
Pessoas flutuantes
adentram a igreja para a Vigília.
Faróis de automóveis se
apagam com o passar do tempo
e nenhuma nota se faz
ouvir das teclas do piano preto de cauda.
Recebo a visão de corpos
que se inclinam ao chão
e aos poucos perdem a pose
e se esparramam
no velho assoalho de
madeira...
“Era uma vez...” – em certo
lugar –
uma igreja adormecida
que desaprendeu a orar
que abdicou de amar
que perdeu a alegria da
salvação
e o profundo valor da
comunhão
e que precisa,
urgentemente, acordar!
Josué
Ebenézer – Nova Friburgo,
28/12/2017 (05h51min).
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