Pelas páginas escrevia
anotações
e a Bíblia, de tão nova,
fez-se gasta.
Fez-se vida, enquanto
morriam as folhas
do papel que registrava
tais emoções.
Nós dois, eu e Deus, e o
aprendizado
e a caneta que rabiscou
direção vária
nas madrugadas de joelhos
tão dobrados
ouvindo sons – dos céus –
quase uma ária.
Relia sempre o que Deus a
mim falava
e escrevia o que o Espírito,
sussurrando,
ia dizendo (e eu relendo)
que Deus me amava.
Eram rabiscos, mas ali se
revelando
a doce história, duma
eterna comunhão:
trago no corpo, as marcas
da oração.
Josué Ebenézer – Nova Friburgo,
16 de Novembro de 2016 (07h34min).
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