Explosivamente,
um hiato...
Despenca
o ribombar da covardia
Habito
entre a vida e a morte.
Não
poupa nada do que passa
Transpassa
a matéria que veloz
Se
afasta em ritmo automobile.
É
simulação do inferno?
Ou
é aproximação do céu?
Um
tiro estilhaça o vidro
E
a alma vai ao colo de Deus
Ao
som das explosões distantes.
Foram
instantes fugazes
Levitação
celeste
Afastamento
da realidade
Neste
distanciamento provocador
Acionado
pelo amor.
Lá
fora o breu, as trevas, o caos
Dentro
do carro a antítese do mal
O
Espírito que pairava sobre o invisível
das
águas purificadoras.
Estilhaços,
balas, vento e vazio
Na
experimentação do Indizível.
Deus
se permitindo ser sobre mim.
A
sombra do Onipotente que cobre.
Deus
em mim, e eu tão carente.
O
vaso inteiro, quebrado por dentro.
Aquele
que jorra de fontes eternas
Oferecendo
restauração.
Engulo a dor, enxugo a angústia
Pelos
poros verto rios de paz.
Deus
é mais. Deus é tudo.
Eu
não sou atingido.
É
a derrota de Satanás.
E
na calçada o casal enviado de Deus
Faz
comigo a oração do livramento.
Não
há lamento.
Só
o gosto da gratidão na boca.
Josué
Ebenézer – Nova Friburgo,
25 de Novembro
de 2016 (12h37min).
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