quarta-feira, maio 30, 2018

VIDA ESTAGNADA


O Espírito, soprando, faz a narrativa de uma vida vazia.

Coração de pedra,
a vida é um vulto disforme.

Ó cântico novo!

Vem da congregação – todo harmonia – hino de paz.

Momento de pedra.

Mutismo disfarçado
igreja
tão carismática...
Adora, esquecida do mundo, adora adora,
insensível
onde o rosto visível
do Onipotente?

Nem um desafino,
nem um batismo:
vazio vazio.

Ágape morto,
cadeiras vazias
cálices cheios.

(Vida estagnada...)

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
27/05/2018 (05h06min).

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