O
que sou já não é
desde
que te conheci:
desfiz
meu ser,
meu
pensamento;
desatei
os nós
do
conhecimento
e
reiniciei a busca.
Foi
mero encontro
de
outro ser
que
sem querer
foi
entrando em mim
– me
possuindo –
e
minhas entranhas
se
revolveram.
O
que sou já não é mais
voltou
o passado
uma
certa angústia
e
voltou um tempo
de
alinhamento
e
até um futuro
que
já não sou nem serei.
Os
alicerces se abalaram
meu
mundo ruiu
e
o castelo da existência
se
devassou.
Os
portais do tempo,
escancarados,
anunciam
esta invasão.
Sem
guardas nos sensores
já
não sou mais quem era
e
o que serei não surgiu.
Destravam-se
as comportas,
ruem
fortalezas,
e
de mim os navios
não
defendem este mar.
O
que sou já não é!
Só
me resta aguardar
que
o destronar
do
coração assim
– este
ruir egoico –
não
me faça paranoico
ao
me tornar desmim.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
21 de Março de 2015
(06h15min).
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