Alguma
poesia que sinto
brotar
como o renovo,
alguma
poesia, não minto,
vem
da Musa que louvo,
reluz
como sol de meio-dia,
traz
paz e propõe calmaria.
É
mel que escorre dos favos,
amor
que alegra o coração,
dedos
que harpejam canção
nos
sonhos escandinavos.
Alguma
poesia de sonho
que
descubro no sorriso
que
percebo na criança:
seria
algo tamanho
o
portal do Paraíso
antegozo
da bonança?
Seria
Julieta liberta
dos
amores de Romeu?
E
a rosa inquieta
dos
aromas que perdeu?
Ou
minh’alma suspensa
clama
ser descoberta
por
amor inda não meu?
É
Beatrice risonha,
Capitu
dissimulada,
Yara
enamorada,
que
a vida enfadonha
querem
deixar para trás?
É
tudo isso, enfim, tudo
e
ainda um pouco mais.
Há
sim alguém que dedilha
nas
cordas do coração
o
som que vem dessa ilha
deserta
de uma canção.
Que
quer se fazer Continente
chegando
mais perto de gente
que
tem amor para dar;
que
tem sorriso no rosto
bela
forma de amar;
e
o jeito mais criativo
que
encontra no dia-a-dia
é
o calor bem abrasivo
de
alguma, alguma poesia!
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
02 de Abril de 2015
(09h47min).
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