os
papéis amontoados no escritório de João José.
os
livros abarrotando prateleiras velhas.
ali,
em pé, conversávamos.
tomei
livros emprestados
tomei
broncas
envelhecemos
ideias.
o
tempo passou
os
papéis continuaram amontoados.
ficamos
um pouco mais velhos
eu,
papai e os seus escritos.
pus-me
a escrever também.
papai
se foi
envelheci
com os meus papéis.
o
mundo gira e nós voamos.
o
ar está mais poluído
nem
sempre a chuva leva as partículas impuras
quando
será minha vez de partir?
os
eucaliptos morrem todo dia
pra
virar celulose, pra nascer poesia.
tenho
uma grande dívida com a Natureza
e,
como sempre, também,
com
o escritório elevado de João José.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
03 de Janeiro de
2015 (15h15min).
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