É
dura a vida. Batalha de espaço e furor.
Nela
eu entro; seixo formado nas águas do tempo.
É
dura e nua a vida. Exposição de sonhos desconexos.
Cultivo-a
nos músculos dos braços e nas pernas caminhantes.
Braçadas
firmes neste mar onde banho-me e me defendo.
Sou
pintura na tela da vida; tinta barata de cores laváveis.
Refaço-me
com o tempo, estampa que se fixa ao sabor do vento.
Levo
meu corpo pelas ruas da existência.
Lavo
meu corpo com as águas da chuva.
A
mente trabalha por questões de sobrevivência.
Esta
é a batalha: Ser algo, alguém, no meio do nada.
A
vida é qual parada de Sete de Setembro.
A
vida é dura. É preciso ter fome de ser
pra
ser diferente, pra fazer diferença.
A
vida pode ser apenas uma passagem,
marionete
vagabunda nas mãos dos poderosos.
Recuso-me
ao script pré-elaborado.
Água,
sol, terra, calor. A vida e seu furor.
Sou
parte do Universo. A vida é meu verso.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
14 de Janeiro de
2015 (05h59min).
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