É
pra depois que as bocas crentes se calarem
que
as pedras clamarão
e
as montanhas cantarão
o
gemido das espécies.
Silenciados
os profetas
cruzados
os braços solidários
desaparecidas
as testemunhas vivas...
Dormem
os povos e a noite chega
e
os brutos tomam conta da Terra
e
monstruosidades humanas
– em
corpos transmudados em insanidade –
compõem
a farsa da vida
dessa
fauna que domina a noite existencial.
O
silêncio é loquaz
e
ecoa o grito do avesso da vida
e
os ponteiros do relógio
se
libertam do tempo
transformando-se
em espadas
no
duelo da fé:
o
mundo paralisa-se imundo
sob
lua minguante.
Mas,
há um remanescente fiel
que
sorve em silêncio
o
vinho do Cálice da Salvação
e
absorve a mensagem do Cristo
e
expulsa a noite densa
sem
provocar ofensa.
Que
proclama o kerigma do Cristo
e
reapresenta os abraços solidários
e
restaura a adoração verdadeira
fazendo
com que as pedras
retornem
mudas ao seu próprio lugar.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
11 de Outubro de
2014 (12h15min).
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