Esta
criança sujinha é de uma pureza sem igual
tem
sentimentos guardados no coração
que
os adultos desconhecem.
A
mudança dos tempos
e
os ventos que sopram contrários
em
sua casa de favela
faz
com que veja da janela
o
homem que leva o irmãozinho
(que
a mandaram chamar de pai)
para
desconhecido lugar.
Quem
pode fugir daquele olhar?
De
olhos investigativos e penetrantes
que
sondam o mundo cruel
a
se esfacelar na primavera?
Leva
um violino no peito
aquela
criança de olhos expressivos
que
geme canções de esperança
– sem
alaridos grandiosos –
apenas
sofridos e chorosos
desejos
de petiz sensível...
É
uma criança suja
que
aguarda um banho de amor
para
se tornar anjo
tão
logo seus olhos vejam a paz de um sorriso.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
17 de Setembro de
2014 (05h15min).
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