A
poesia do culto
não
é só a das letras dos hinos
não
é apenas a que vem da prédica.
O
culto é uma construção coletiva
como
castelo de areia na praia
feito
pelas mãos da petizada.
Há
um tom de fatalidade na obra
– tem
hora marcada para sumir –
basta
chegarem as águas
que
o vento traz de bem longe
nos
movimentos da existência.
A
poesia do culto está muito mais
nas
pessoas e nos seus sentimentos.
Não
há culto pétreo,
há
culto poético!
E
poesia é mais para se sentir
do
que para se tocar.
Mesmo
que um abraço no irmão
carregue
a poesia da comunhão.
Mas,
ela só vai junto
se
preexistir dentro do peito.
A
poesia do culto acaba
quando
as águas do mar da vida
levarem
o último crente
a
transpor o portal do templo
após
o poslúdio da noite.
Mas
a poesia do culto recomeça
–
e será outra, nova, diferente –
quando
todos voltarem novamente
para
uma outra construção coletiva
que
seja de novo insuperável.
Não
há culto pétreo,
há
culto poético.
E
eu quero estar em todos os cultos
onde
a poesia do Espírito
faz
a diferença da adoração.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
11 de Outubro de
2014 (08h35min).
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