Viestes-me
ao encontro quando
escondido
no silêncio de minha alma
e
abandonado na esperança
já
não enxergava horizonte. Ternamente,
em
meio a tudo, as suas mãos não se detiveram
na
periferia do meu ser. Solitário, na multidão,
senti
o abraço do Espírito, e, o meu corpo ferido,
abandou-se
ao aconchego, de que me fizestes objeto
no
lugar secreto da comunhão.
Nos
instantes da eficiente harmonia,
são
suas mãos, que em paz, sinto a tocar-me.
E
na noite da vida, angustiante existência,
a
revolta esvaziou-se momentânea, até escutei,
os
antigos LPs de Feliciano Amaral
replicarem
canções da fé dos meus pais
e
conclui que era possível uma paz duradoura.
Houve
morte ou vida; indaguei atordoado.
Não
havia alguém perto para compreender
meus
pensamentos, entrar no meu imo,
interessar-se
pelos meus desejos de mudanças.
Quem
haveria de escutar-me na hora da dor profunda?
Tu,
meu Deus! Meu coração batia forte na resposta interior.
Tu
és o Pai de todas a luzes e meu coração irradia esta paz.
Eu
era o recém-nascido, o Nicodemos pós-moderno
e
aquele que haveria de resplandecer sua luz.
E
para mostrar que sua graça é infinda
e
seu amor não termina,
os
olhos teus, meu Deu, me encontraram na agonia
e
raiou em mim novo dia, em alma adormecida.
Senti
bambearem-se minhas pernas
quando
o Espírito soprou vida em meu ser:
Mas,
fiquei de pé!
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
01 de Maio de 2014
(10h30min).
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