Ovelhas
desciam a colina.
O
aprisco não atraia gentes
esvaziava
sonhos.
E
o desejo de falar ao seminarista-pastor
– que
sua homilia não emocionava –
(e
que ele deveria fazer mais orações)
era
mais forte em mim que as árvores daquele morro.
(estava
como no dito adaptado;
um
olho no pastor, outro no culto)
O
rapazinho era magérrimo
paletó
largo, engolindo-o.
Recém
formado, não saberia:
que
a espiritualidade era muito mais
que
impressionar com ricas leituras
e
palavras rebuscadas.
Enquanto
isso,
eu
ali como ovelha
que
subia a colina sempre
para
ouvir as palavras do futuro pastor
com
os ouvidos colados na esperança
e
a cabeça mentalizando o futuro.
Mas
o templo mesmo
tirando
o esvaziamento dos sonhos
e
os arroubos do seminarista
era
a casa das ovelhas e ali o seu lar.
Era
alimento, vida e proteção.
E
tudo mudou, quando ele começou a orar...
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
03 de Maio de 2014
(23h50min).
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