Com
a mão colada no tempo, chamo o vento;
um
vívido ânimo, um sonho materializado.
E
o corpo solto na fração da vida
limitado
ao Norte do bom senso
a
Noroeste do que ensinou o sábio:
“há
tempo para todo propósito...”
Com
os olhos mirando o infinito
me
vejo numa nebulosa escarpada
e
giro sobre o trêmulo horizonte
e
gingo embalado pelas canções das rajadas fugazes.
Amo
tudo o que se possa chamar de Esperança;
ainda
que o fumegar da xícara de café se apague ao vento.
Sou
o retrato de um mundo fracionado,
o
instantâneo de uma terra apressada
a
percorrer o mapa da existência
seguindo
os presságios que o coração amante
atira
como setas na atenção do Tempo.
E
vou por este jeito trocando as horas
(ainda
que os ponteiros girem sobre si mesmos),
construindo
meu espaço, sem vãs repetições.
Josué Ebenézer –
Nova Friburgo,
28 de Abril de 2014
(21h43min).
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