Desesperado
ânimo de um desesperado amor,
indecifrável,
ardente, nos campos do Senhor.
Na
luta primeva que se abate em meu ser
entre
carne e espírito, como será viver?
Neste
imbróglio prenúncio de um campo de batalha
(renascerá
o viço ou se fará mortalha?)
encontro
forças no Espírito que sopra em mim seu frescor
este
hálito de vida, do Cristo meu Salvador.
Há
um soldado perverso, que me propõe o suicídio
da
esperança e da fé sem que haja dissídio.
Numa
ação individual no ventre que gesta a paz
–
enquanto o mensageiro, que em voz suave e mansa,
assopra
em meus ouvidos o retorno da bonança –
o
encontro do indivíduo com aquele que refaz
o
ser já destruído, em um outro, redimido.
Eu
me desfaço em lágrimas, sudorese a pingar
colado
no chão, saco e cinzas, no pó a desintegrar.
Eis
que em mim sopro forte, do Vento que vem dos céus,
reconstitui
o meu ânimo, e acende as labaredas
do
fogo de Deus sobre mim e eu sigo as veredas
do
justo que altissonante, têm no Pai o seu fim...
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
29 de Abril de 2014
(09h37min).
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