O poeta precisa ser um porta-voz de seu povo
falando aquilo que o outro não soube exprimir.
O poeta necessita do cascalho extrair ouro
se poesia pura almejar do coração construir.
Mas as palavras do poeta precisam ser vivas
e também expressar sentimentos de dor.
Tal qual jardineiro cuida das sempre-vivas
e das rosas extrai suaves canções de amor.
E como Adão, na primitiva ânsia do saber
pelos desígnios divinos nomeou cada ser,
o poeta vai dando nome aos sentimentos
e extraindo das coisas seus pensamentos.
Coisas antigas, objetos parados no tempo.
Coisas novas, recriações da própria vida.
O poeta vai transformando num momento
em canções de uma pátria desconhecida.
Poesia é o fluxo do poeta em sua respiração:
Ele aspira o existente, devolve como presente.
As palavras circulam nas veias da inspiração
e o poeta sorri ante os poemas de sua mente.
Nova Friburgo, 04 de Março de 2005. (7h16m)
terça-feira, junho 17, 2008
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