O viajante do tempo entrou na cidade ao sabor do Vento.
Buscava encontrar o sonho no elo perdido da história.
Mas sobre as vias de pedras encontrou histórias de gentes
E não suportou a solidão de não ser um real emergente.
Coçou cabeça e fixou os olhos nos trabalhadores das minas.
Viu as mucamas carregadas de trapos e bebês pretos-minas.
O viajante não queria o ouro das gerais; buscava outro brilho.
Ele estava à busca da mente, do estudo, do saber. Neste trilho...
Da pátria mãe gentil que no passado buscava célere
para fazer de sua pesquisa das raízes alguém célebre.
Mas o viajante se deteve nos templos, encontrou a fé.
E ali entendeu a razão do país enfim se por de pé.
Viu no esmero dos detalhes, na expressão do barroco.
O conteúdo de uma gente sofrida: Algo que não era oco.
Por isso, o viajante voltou ao presente trazendo consigo.
Algo mais que a cultura. Trouxe a história e um abrigo.
E depois da viagem, quando chegou de volta ao seu tempo
sonhou com seu futuro e de seu povo ao sabor do Vento.
Mas estando ali no futuro - ao voltar a olhar o passado -,
presenciou um corpo, nas pedras da via pública, abandonado...
Nova Friburgo, 03 de Março de 2005. (7h35m).
terça-feira, junho 17, 2008
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