sexta-feira, maio 30, 2008

Herança

Deixarei, pelo trânsito entre vós:
algumas marcas, alguns cheiros, alguns pensamentos.
E versos soltos tentando impregnar
o ar, o ar, o ar (eco-ar)
de poesia.
Tentarei repassar uma idéia, uma fé, um sentimento.
E também uma voz tonitruante
que se fixe na memória dos que me amem. (Amém!)
E Ruben Alves e Gióia Júnior.
E todo o sentimento do mundo,
e poemas em feitio de oração...
E sob os céus do meu Brasil
cantarei no meu coração:
Jesus, a alegria dos homens!
E haverá cheiro de gente nos meus versos,
e perfume de rosas em minhas palavras,
e gosto amargo de sangue na boca calada.
E eu indo embora, deixando a trajetória
da vida para entrar na História.
É a despedida!
E a poesia,
e a poesia,
e a poesia
ficando como herança.
E você trazendo na lembrança
o fio de esperança
que a poesia o fez prenhe.

Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 2005. (22h).

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