Enquanto penso
invento
ao sabor do vento
do circulador de ar
um jeito novo
de inflar uma visão de ti.
Um par de sapatos de pés trocados
e meias amarfanhadas
não me levarão a ti
a não ser pelos caminhos
tortuosos da trôpega
caminhada do não ser.
Nem tampouco a
calça do terno novo
que pendurada na boca do cofre -
só se fosse mágica -
me transportaria
pelo túnel do tempo
do te encontrar.
Quem sabe a gaveta
do criado-mudo, se aberta,
poderia abrigar
meu corpanzil.
Mas ainda assim,
neste desenho animado,
os mistérios se desfariam
no abri-la.
Volto ao vento.
E tento
de novo circular
com o ar que a mim chega.
O vento pode.
Porque seu frescor
em meu corpo seminu
aguça a imaginação
de ti a me tocar.
Laranjais, RJ, 23/04/2000 (07h13m)
sábado, setembro 08, 2007
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