quarta-feira, março 22, 2017

VERSOS CELESTES - XI

Penso que se olhasse para os céus
toda vez que a planta dos meus pés
pisasse os paralelepípedos de minha rua –
sendo manhã, tarde ou noite;
enxergando o vento, pessoas ou a lua –
veria meu sonho se movendo nas nuvens...

Em algum movimento aparecerá,
quem sabe, a visão:
da pátria para Cristo,
de brasileiros convertidos,
de minha cidade evangelizada,
de minha casa transformada
em celeiro multiplicador,
e eu liderando a visão
de Deus para estes dias.

E as pedras se encolhendo,
pois jamais terão a chance de clamar,
porque o povo de Deus cumpre sua missão;
e as flores tomam conta do espaço;
e os campos floridos, multicoloridos,
anunciam o tempo certo da colheita;
e o perfume do Cristo,
aroma da fé,
impregnando o sonho
de um sopro agradável;
e propondo, às vidas, real sentido.

É o dom de Deus se fazendo pleno.
A vida vivida como nunca.
São os dons do Espírito distribuídos
em graça benfazeja.
E o Corpo se retroalimentando
e causando impacto nas gentes.

Parece que as aves trazem escritas,
nas asas, as palavras “paz” e “salvação”.
E a harmonia celeste já se vive na terra
como uma antecipação
da comunhão eterna do Paraíso.

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
22/03/2017 (05h00min).

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