quarta-feira, março 15, 2017

VERSOS CELESTES – VIII

Penso a vida como uma passagem:
se deixasse os versos soltos por aí
e umas angústias terrenais pela caminhada
quem sabe até abandonando
certos mapas em desacordo
teria tempo suficiente
para fazer do Caminho
meu ideal de vida.
Quem sabe em algum momento
surgisse pelas estradas
novas oportunidades e companhias
nesse dom da renovação
de pedras polidas pelo tempo;
folhas e flores que se imitam
no verde e na cor;
aromas e sabores que emprestam
toda a alegria do existir.
Quem sabe os que me seguissem
atraídos pelo novo cântico
que meus lábios entoam
trouxessem estampadas na fronte
as marcas da nova vida.
Quando enfim chegássemos
ao termo da jornada
e ao epílogo da trajetória
o ponto final vai ornar a lida.
O mundo se curvará
ante o trono do Cordeiro
colocando dia e noite na mesma página
onde o Sol da Justiça
iluminará os corações
daqueles cujos joelhos se dobraram
e cujas línguas confessaram
Jesus Cristo como Senhor.

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
04/03/2017 (00h17min).

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