quarta-feira, março 15, 2017

VERSOS CELESTES – VII

Quando se entra no Caminho
dele não se sai mais.
Qualquer atalho eu deixo
secar como espigas de milho
verde ao sol da colheita
livre ao sul da viagem.
Os raios dourados refulgem
e ali do lado existe tentação:
mas só as formigas programadas
atravessam o pasto.
Sigo o Caminho
e sei qual é meu Continente.
Já não tenho coração partido:
a mensagem do Cristo
juntou os cacos perdidos
e unificou meu coração.
Um tapete de estrelas
comprime minha atmosfera.
Transito fácil do verde ao azul
e sigo o vento Norte
da terra aos céus.
Deixo o rastro do cristão
e trago no corpo as marcas.
Vou pisando meu chão
e cantando meus louvores.
Meu pulmão é exatamente
do tamanho da minha fé.
Deixo as sombras doentias,
me esquivo das facilidades.
À Sombra do Onipotente
eu percorro as cidades.
Não há perto e não há longe:
me move o motor do Espírito!

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
03/03/2017 (15h50min).

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