Um relógio
na parede
que incansável
trabalha.
Combina
comigo
de avisar
o tempo das coisas.
Martela a variação
do tempo que não pausa
e o faz, insistente,
pelas frações menores das horas.
Em minha mente martela a vida
na madrugada adormecida
junto com o cantar do galo
que, desperto, anuncia novo dia.
Batem perguntas constantes
em minha mente inquieta
que agora, já desperta,
enxerga luz na madrugada.
E são ágeis as variantes
na pálida luz acordada
pra um dia que se aguarda
de existência incerta.
O relógio jamais para
minha vida, então, dispara
mais veloz que o entardecer.
O que há de ser, há de ser
Quando se der conta, aconteceu.
A vida foi-se. Anoiteceu.
Josué
Ebenézer – Nova Friburgo,
18 de Agosto
de 2015 (05h10min).
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