quinta-feira, janeiro 23, 2014

O ALVORECER

Férias.
Casa de praia
escancarando luz
esbanjando verão
e o vento soltando
arrepios
na derme febril
do bronze roubado.
A família ainda a dormir
enquanto da varanda
deixo escorregar Drummond
junto com o corpo
que se espicha
na cadeira de palha.
Sonolência.
Tempo que passa.
Tempus Fugit.
É quando me dou conta
que amanheceu
entre-olfato atento
ao cheiro forte do café preto;
entre-olhos despertos
para o Sol que sai
qual noivo do tálamo,
com a satisfação do prazer
estampada na cara
pela noite bem dormida

no aconchego da amada.

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